terça-feira, 13 de abril de 2010

Amor do medo



Meu peito dilacera
Em uma solidão sem fim,
Meu ciúme me enlouquece
E a saudade toma conta de mim.
Sinto vontade de te matar
Apagar-te, te arrancar da minha vida
Assim como o jardineiro o faz com o mato,
Quero tirar todas as suas raízes
E limpar meu peito já machucado,
Para que possa enfim nele nascer um rosa.
Mas o medo me consome.
Tenho medo de perder seus abraços
E de não ter mais em seus olhos o meu recanto,
Medo da dor que possa vir a sentir
Medo do medo, medo de mim,
Medo da solidão.
Sua ausência é como a faca
Perfura, rasga, corta meu coração,
Porem não dilacera a carne.
Mata aos poucos, sem presa.
Faz sangrar, mas não sangue
Forma uma poça, mas não é de sangue
É de amor a poça no chão,
É de amor!
É tudo aquilo que sobrou do meu velho coração

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