quarta-feira, 21 de abril de 2010

Musica e Solidão




Aquela musica de novo! Eu não agüento mais esse som estridente, meio desordenado no ar. Você! Você não percebe? Não ouve a musica? Claro que não. Você não pode, não teria como. Esse som! Essa musica! Esse barulho infernal... Tudo isso é somente meu...
Só meu ouvido é capaz de captar esse som agudo que escorre pelas paredes. Acendo um cigarro, chego mais perto da janela para fumar, não quero que a sala fique com cheiro de fumaça. Afinal alguém pode chegar alguém pode! Mas não vai. Nunca chega. A única coisa que entra nessa sela é aquela musica aquele som vazio.
Olha da janela, a vida continua passando sem nem notar a musica. Vou ate a cozinha fazer um café. Não tenho pó. Abro o armário, esta vazio, na verdade ele possui algumas formigas, meio bolacha velha e podre e um pouco de vodka barata. Encho o copo com a vodka e procuro um limão, não tem. Vou ate a sala, a musica esta voltando, aquele barulho. Eu até que gosto, to começando a gostar. Sento no sofá e aproveito a noite, aproveito o ruído da melodia. Olho pela janela e bebo um pouco de vodka e solidão...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Separação

O ritmo da chuva que cai
Lembra-me as sua lagrimas
Naquela noite de novembro.
O vento frio canta nossa historia
E me faz procura na memória
Algum vestígio do que foi feliz,
Em meus olhos a solidão
Em meus lábios o gosto amargo
De se ver morrer um paixão.
Foram tantas noites de amor
E alegrias sem fim,
Que hoje se transformaram
Em uma ode de adeus
Numa noite em um jardim....

Poeminha

A batida solitária do meu coração
Marca o ritmo de nossas historias
Podia ser um doce amor de verão,
Mas acabou sendo uma triste conta de fadas.

Você é a princesa
E eu o plebeu
Em nossas vidas grade diferença,
Mas meu coração e igual ao teu.

Como num templo sem Deus
Eu caio de joelhos
Perante aos encantos teus

Procura no olhar seu,
Distante e vago,
Algo mais que um olhar ateu

terça-feira, 13 de abril de 2010

Amor do medo



Meu peito dilacera
Em uma solidão sem fim,
Meu ciúme me enlouquece
E a saudade toma conta de mim.
Sinto vontade de te matar
Apagar-te, te arrancar da minha vida
Assim como o jardineiro o faz com o mato,
Quero tirar todas as suas raízes
E limpar meu peito já machucado,
Para que possa enfim nele nascer um rosa.
Mas o medo me consome.
Tenho medo de perder seus abraços
E de não ter mais em seus olhos o meu recanto,
Medo da dor que possa vir a sentir
Medo do medo, medo de mim,
Medo da solidão.
Sua ausência é como a faca
Perfura, rasga, corta meu coração,
Porem não dilacera a carne.
Mata aos poucos, sem presa.
Faz sangrar, mas não sangue
Forma uma poça, mas não é de sangue
É de amor a poça no chão,
É de amor!
É tudo aquilo que sobrou do meu velho coração

domingo, 11 de abril de 2010

Meu amor



Posso finalmente falar com franqueza dos sentimentos que mantenho por ti, como é bonito e platônico tudo aquilo que desabrocha de meu peito. Nunca cheguei perto, mas meu corpo conhece o teu como se fôssemos antigos amantes. É difícil aceitar que por ti me apaixonei, que por mais que eu tente me esconder atrás de sorrisos e olhares, meu coração grita teu nome em uma melodia envolvendo por entre o dia. Se você soubesse quantos demônios falam em minha cabeça que você jamais será minha e que eu jamais serei teu. Se soubesses todas as marcas que minha alma traz impressa em si, poderia sentir tudo aquilo que eu sinto quanto através dos seus olhos verdes eu me sinto entrar no mar e me perder de mim. Quando se vais para longe de mim e com os ciúmes que passo minhas noites, dele faço minha amante e em seus enganos forjo minha cama de lagrimas. Esta tão fria, talvez não tão fria de frio mais sim de você. Nessa noite em que os anjos põem-se a chorar e que a água molha a terra por onde tu acabaste de me deixar eu percebi que nasci pra amar, um amor proibido de viver.

Amizade



É preciso ter amigos
Em que se posso confiar,
Uma historia alguns segredos,
Uma hora á passar.

Muitas vezes calado
Sem obrigação de ter o que falar
Mais fazendo necessário
O fato de ali estar.

Com amigos se afasta a solidão,
Amizade não precisa de presença
Ela esta no coração.

Tudo que é belo aos olhos
Não há de nos encantar
Se de todos os amigos
A vida nos afastar.

Que a amizade dure muito e sempre
E que nunca a vida ou a Morte á faça acabar
Que as cidades fiquem pequenas
E o sono eterno fique leve de despertar.
Não permita Deus esse penar,
Melhor e chorar por mal-amar
Do que por amigos ter que deixar.

Grande mundo, grande cidade
Pessoas a se renovar
Quando vai aprender a humanidade
Que melhor que amar
É amizades semear...

silencio


O silencio é a resposta
Que aos tolos devemos dar,
É a mente que trabalha
Sem de o corpo precisar.

É o refugio
Dos que não sabem falar,
E o desabafo
Dos que cansaram de tentar.

O silencio é opressão,
Obrigado a se calar!
É a liberdade da mente
Que não precisar se expressar,
E pode com calma observar
O que as palavras não podem contar.

O silencio!!!!!
O silencio...
dos olhares a se entrelaçar
O grito dos abraços,
E o rugido do beijar
O silencio
A sinfonia de amar...

terça-feira, 6 de abril de 2010